quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Quando o silêncio cobre o nome




Havia uma certa vez um homem que dizia o nome de Deus
quando o coração lhe doía por uma criança, ou um pobre que
mendigava, ele andava até a floresta, acendia o fogo, entoava canções, e dizia
as palavras, Deus o ouvia...
O tempo passou.
Voltou a mesma floresta mas não carregava fogo nas mãos.
Só lhe restou cantar as canções e dizer as palavras e Deus atendeu-o ainda assim.
Um tempo mais longo se foi.
Sem fogo nas mãos, sem forças nas pernas, não alcançou a floresta.
Mas do seu quarto sairam as mesmas canções e as mesmas palavras.
E Deus lhe disse que sim...
Chegou a velhice. Nem floresta, nem fogo ou canções...
Restaram palavras.
E o mesmo milagre, ocorreu.
Por fim. Sem fogo ou floresta, sem canções ou palavras.
Só mesmo o infinito desejo e o silêncio.
Deus tudo entendeu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário