domingo, 10 de outubro de 2010

Oração, fonte de consolo...




Quando eu tinha cinco anos de idade, estava brincando com o gato
de um vizinho numa manhã de domingo.
A certa altura, o gato se cansou de brincar comigo e correu
para uma plantação de milho próxima.
Eu, porém, não estava cansado de brincar com o gato e o
segui até a plantação. O milho estava muito alto, e como
não conseguisse achar o animal, decidi voltar para casa. Não demorou
muito para descobrir que eu não sabia onde estava e que não fazia idéia 
de onde ficava a casa. Eu estava perdido no imenso milharal.
Enquanto vagueava, o milho parecia ficar cada
vez mais alto, até chegar ao céu. Eu estava desorientado
e sentia-me cada vez mais amedrontado.
Comecei a correr, gritando por ajuda, mas o vento abafou meus gritos. 
Fiquei com muito calor e suado, e os pés de milho me arranharam
a pele. Não sabia o que fazer.
Enquanto corria pelo milharal, lembrei-me de uma lição que minha
professora da Primária tinha dado havia apenas algumassemanas.
“Se em alguma ocasião você ficar com medo”, ela dissera, “ou se
algum dia você se perder, ajoelhe-se e ore.”
Então me lembrei que meus pais diziam a mesma coisa quando
ajoelhávamos em oração familiar diária. “O Pai Celestial Se importa
com você”, minha mãe e meu pai haviam-me ensinado. “Ele sempre irá 
ouvir suas orações. Ele irá cuidar de você.” Assim que me lembrei das palavras 
que meus pais e minha professora da Primária disseram, ajoelhei-me. 
Não lembro exatamente o que disse, mas sei que falei de meus pensamentos
e temores com o Senhor. Depois da oração senti-me bastante cheio de paz.
Meus pais e minha professora da Primária tinham dito a mim que o Pai Celestial 
ouviria minhas orações; eu sabia portanto que alguém viria ajudar. Estava cansado de
correr tanto de um lado para outro, e resolvi descansar até que chegasse alguém.
Imediatamente deitei-me e adormeci. Não demorou muito para que minha mãe percebesse
que eu não estava mais no quintal da casa. Ela havia-me visto brincando com o gato,
e então imaginou que eu o tivesse seguido a alguma parte. Começou a procurar-
me. A uma quadra de casa, avistou o gato perto de um grande canal de irrigação e 
temeu o pior. Pensou que eu tivesse caído ali dentro e me afogado
Ela correu para casa e mandou minha irmã mais velha à capela, que ficava ali perto, 
onde meu pai e outros portadores do sacerdócio participavam de uma reunião.
Minha mãe então ajoelhou- se e imediatamente começou a orar ao Pai Celestial,
pedindo-Lhe que me protegesse.
Ela prometeu que se eu fosse encontrado em segurança, faria tudo o que pudesse 
para garantir que eu seria criado em retidão.
Depois de ter suplicado ao Senhor, minha mãe levantou- se. Ao fazê-lo, pensou no 
milharal das vizinhanças.
Correu para fora para começar a procurar ali. Alguns dos homens da capela 
encontraram-na, e ela lhes disse que achava que eu poderia estar perdido em 
algum lugar dentro do milharal.
Alguns homens procuraram junto ao canal de irrigação enquanto outros começaram a 
procurar dentre os longos pés de milho. Um deles, Bud Phillips, encontrou-me
dormindo tranqüilamente. Apanhou-me e levou-me à minha mãe, que estava chorando.
Lembro-me de ter pensado por que estavam fazendo uma tempestade em
um copo d’água. Afinal, eu havia orado e sabia que tudo iria ficar bem.
Minhas orações e as de minha mãe foram respondidas, e ela sempre fez tudo o 
que podia para assegurar que eu seria criado em retidão.
A oração sempre tem sido uma grande fonte de consolo para mim.
 Kellene Ricks Adams
 A Liahona mar2001

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