sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O QUE RESTOU

Remexendo numa velha caixa
encontrei um pedacinho do passado:
dobrada numa flor estilizada
uma folha amarela
simples – ela –
a carta que não mandei
por que mesmo? Já não sei.
Só me recordo de outras tantas
perfumadas, desenhadas,
sempre com o mesmo sinal
símbolo daquela amizade.
Mas o que não partiu, chegou
por outra folha de igual teor...
tantos anos, a saudade
e o que restou de uma flor.

Basilina Pereira

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